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my Man Ray homage
foto antiga que achei nos fundos do hd e que retrabalhei na aura vintage.
Desde Platão e suas sombras enganosas projetadas nas paredes da caverna, até autores contemporâneos como Guy Debord e Paul Virilio, que em sua crítica da assunção da imagética na contemporaneidade, a entendem como desrealização do real, vemos/temos as imagens sucessivamente colocadas no banco dos réus, sendo condenadas definitivamente à falsidade ou recebendo a liberdade provisória graças à referência verossimilhante aos corpos e objetos reais do mundo.
A imagem contemporânea se liberta da referencia dos objetos implodindo a substância do mundo em um fluxo imagético.
Fugindo da delação das sombras e cópias degradadas platônicas, e da acusação de falsidade alienante e superficial dos pós-modernos, vemos na potência do simulacro o fundamento da constituição ontológica do mundo.
Se a definição de Sociedade do Espetáculo por Debord é a relação social mediada por imagens, agora nós mesmos imagens somos, logo não há mais mediação: só relação.
[A.C.]
[ Em 0 4 / 0 6 / 0 9 ]