5.7.03

XXII






mesmo que o medo transpareça em teu receio

e que esta maravilha fique incógnita como

metade das histórias que ouvimos conquistar,

ela recebe os fluídos, ela merece as pêras,

ela vinga os inconclusos! quem diria, no meio

do ocidente, entre pigarras e sencientes merdas,

endormecidos, como tangos cubanos (existe isso),

quando tudo parecia derruir...



eu, outro merda inconcluso, bêbado, vendo o medo

e o amor sem jeito do murmúrio,

espetando o último que veja meu olho, pecava no

tempo em que todos medravam! aqui eles me vejam!

que o vinho seja abundante! que a merda não cheire

muito! nessa serena alvorada Cartola benção finimundi:

mesmo que o medo transpareça em teu receio ela veja

e perceba que a verdade não é minha roupa, que vero

desapercebido reencontro:
S.T.
13:14 7/6/2003



ela pertence ao véu verde da chuva
volta seu rosto frio e os curtos cabelos
na chuva insistente do meu olhar:
estar quase apaixonado é fingir meio-morto?
os passos de clown passam lateralmente pela calçada
da rua matriz: ela não pensa no pobre selenita:
entre o ar e a terra dócil
passa impassável coração rasgado
cansei desse lirismo peidorrento
quero agora descobrir teu lado cru
anti-a-musa-que-fica-debaixo-do-guarda-chuva
um n?mero de telefone já seria bom

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desejo desconhecido
vou perto de ti
e me perco

a virtude da máscara
é saber-se dentro do mundo-palco
vc acredita no seu personagem?
vista a personae e seja seu

linguagem não é letra

ilusãolinguagem

linguagemiragem

pedra pound pessoa rosa
conhecer é trepar contigo=
ressignificações medievais:
sois apenas homens... deus é quem cria!