5.7.03

XXII






mesmo que o medo transpareça em teu receio

e que esta maravilha fique incógnita como

metade das histórias que ouvimos conquistar,

ela recebe os fluídos, ela merece as pêras,

ela vinga os inconclusos! quem diria, no meio

do ocidente, entre pigarras e sencientes merdas,

endormecidos, como tangos cubanos (existe isso),

quando tudo parecia derruir...



eu, outro merda inconcluso, bêbado, vendo o medo

e o amor sem jeito do murmúrio,

espetando o último que veja meu olho, pecava no

tempo em que todos medravam! aqui eles me vejam!

que o vinho seja abundante! que a merda não cheire

muito! nessa serena alvorada Cartola benção finimundi:

mesmo que o medo transpareça em teu receio ela veja

e perceba que a verdade não é minha roupa, que vero

desapercebido reencontro:

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