30.5.03

XXII



mesmo que o medo transpareça em teu receio
e que esta maravilha fique incógnita como
metade das histórias que ouvimos conquistar,
ela recebe os fluídos, ela merece as pêras,
ela vinga os inconclusos! quem diria, no meio
do ocidente, entre pigarras e sencientes merdas,
adormecidos, como tangos cubanos (existe isso),
quando tudo parecia derruir...

eu, outro merda inconcluso, bêbado, vendo o medo
e o amor sem jeito do murmúrio,
espetando o último que veja meus olhos, pecava no
tempo em que todos medravam! aqui eles me vejam!
que o vinho seja abundante! que a merda não cheire
muito! nessa serena alvorada Cartola benção finimundi:
mesmo que o medo transpareça em teu receio ela veja
e perceba que a verdade não é minha roupa, que vero
desapercebido reencontro:

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